A primeira bolsa atribuída pela Fundação foi para a Donate Life America (DLA), uma organização sem fins lucrativos dos EUA cujo objetivo é aumentar a doação de órgãos, criar o primeiro registro nacional e universal de doadores vivos, programado para entrar em funcionamento nos EUA em 2020. O registo pretende ser um núcleo para qualquer pessoa interessada em tornar-se um doador vivo. Como tal, este procedimento iria complementar o atualmente utilizado pelos centros de transplante e pelas redes hospitalares em todo o país, o que exige que potenciais doadores reservem tempo para deslocar-se até um local escolhido para consultas e testes iniciais.
Com o apoio financeiro da Fundação, o DLA também criará um kit para testes em casa, de fácil utilização, para potenciais, doadores vivos, que deve ser lançado ao mesmo tempo que o registo. A partir de uma amostra de saliva, processo semelhante ao tipo de testes já postos em prática por outras empresas de investigação, o kit foi pensado para facultar uma triagem rápida e de fácil leitura para qualquer utilizador. Os kits serão distribuídos a doentes, familiares e respetivos amigos. Depois de realizado o teste este é enviado, os resultados podem ser convertidos numa possível compatibilidade, de forma eficiente e segura. O kit, vem assim, expandir o leque de potenciais compatibilidades e reduzir o tempo médio de espera para receber um rim. O kit e o registo na base de dados, combinados têm o potencial de duplicar o número de doadores vivos no espaço de um ano, estima Jessie Newman, diretora de relações institucionais da Fresenius Medical Care North America.